Por Henrique Paolinelli
Nos últimos anos, a legalização da maconha parece ter entrado em pauta no cenário nacional. Há alguns anos quem se arriscava a falar de maconha em público corria o risco de ser preso por apologia a drogas. Um exemplo foi quando, após um show em Brasília, em 1997, os músicos do Planet Hemp foram presos por fazer apologia à maconha.
Hoje em dia, vários meios de comunicação dão espaço para a discussão da liberação do consumo da canabis. Muitos intelectuais, artistas, políticos e até médicos especialistas já se posicionam a favor de uma lei para a regulamentação da “droga”. A maconha pode ser usada por diversão, mas também há pessoas que a usam com fins terapêuticos. Os soropositivos muitas vezes usam a maconha para abrir o apetite e também para diminuir as dores causadas pela doença.
A verdade é que a maconha é uma droga fácil de ser encontrada no Brasil. A grande discussão é se não seria mais fácil legalizar a droga e ter um controle sobre o consumo, cobrando impostos e revestindo-os em tratamento adequado para dependentes, não só da maconha, mas de outras drogas, como o crack, que tem um poder bem mais devastador.
O fato de a maconha ser comercializada com outros tipos de drogas acaba sendo um problema mais sério do que se imagina, pois isso pode acabar influenciando o uso de drogas que trarão um prejuízo grande.
Também há no Brasil um movimento a favor da legalização, que acontece em todas as primeiras semanas de maio, em 13 cidades brasileiras. A intenção do movimento é que, com a liberação, o tráfico se enfraqueça. Esse movimento começou em 1999 em Nova York através da ONG “Cures not War” e chegou ao Brasil em 2002.
Pensar e discutir assuntos como esse nada mais é do que exercer e fortalecer a democracia que a população brasileira tanto lutou para conquistar durante 22 anos de governo autoritário.